14 dos 30 ETFs que mais receberam dinheiro são de Bitcoin ou Ethereum. Há ainda 2 ETFs com posições significativas em MicroStrategy, empresa de Michael Saylor voltada ao acúmulo de Bitcoin.
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Imagem: Café com Cripto |
Os fundos negociados em bolsa (ETFs) de Bitcoin experimentam um crescimento significativo, com a demanda pelos produtos superando as expectativas. Dados da Bloomberg revelam que, entre os 575 ETFs lançados neste ano, 14 dos 30 mais negociados são novos fundos de Bitcoin ou Ethereum. O iShares Bitcoin Trust da BlackRock se destaca como o maior em termos de entradas nos últimos 4 anos.
Os ETFs permitem a compra e venda de cotas de fundos que rastreiam o preço de ativos como o S&P 500, ouro e Bitcoin. Em janeiro, a Comissão de Valores Mobiliários americana - o SEC - passou a permitir a comercialização de produtos de Bitcoin, autorizando 10 fundos a serem negociados nas Bolsas de Valores do país.
Saiba mais sobre ETFs.
Esses fundos atraíram bilhões de dólares, ultrapassando a marca de US$ 20 bilhões em apenas 10 meses. Para efeito de comparação, os ETFs de ouro levaram 5 anos para alcançar volume semelhante. James Seyffart, analista de pesquisa de ETF da Bloomberg Intelligence, atribui o sucesso a uma demanda reprimida e ao interesse crescente por parte de investidores e instituições financeiras tradicionais, como hedge funds.
Enquanto os ETFs de Bitcoin prosperam, os produtos de Ethereum enfrentam desafios. O SEC aprovou os ETFs de Ethereum em maio deste ano, mas suas entradas foram menores. O Grayscale Ethereum Trust (ETHE), anteriormente um fundo fechado, ao tornar-se ETF viu uma saída massiva de fundos, algo próximo a US$ 3 bilhões. Ao todo, os 9 ETFs de Ethereum negociados na Bolsa americana somam US$ 472 milhões em perdas.
Apesar das dificuldades, a demanda pode aumentar. Seyffart observa que as saídas do ETHE estão sobrecarregando as entradas de outros ETFs de Ethereum, mas isso pode mudar no futuro.