Segunda Camada são redes que operam em paralelo à blockchain, ou sobre a blockchain. As aplicações de Segunda camada tem como objetivo oferecer novas funcionalidades aos usuários de criptomoedas sem modificar a blockchain, garantindo a robustez e segurança da blockchain.
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Imagem: Bing AI |
O que é Segunda Camada?
Camada Dois, Segunda Camada, Nível 2, Layer 2, ou L2 são diferentes nomes usados para descrever transações, atividades e aplicações que operam em paralelo à blockchain do Bitcoin mas que tem como objetivo final registrar essas operações na blockchain.
O que é a Primeira Camada?
Primeira Camada, Camada 1, Layer 1, Nível 1, mainchain, L1 são diferentes nomes para descrever a blockchain principal onde as operações serão consolidadas.
Por que existem redes L2?
O Bitcoin possui algumas particularidades que o tornam seguro, porém inviabilizam sua adoção como moeda digital para o dia-a-dia.
Sendo mais técnico, o Bitcoin tem um bloco novo fechado a cada 10 minutos aproximadamente. Isso significa que operações no L1 levam, pelo menos, 10 minutos. Além disso, os blocos possuem limites de transações, com cada bloco executando algo entre 4500 e 5500 transações, uma média de 500 transações por minuto. Em comparação, a Master Card processou 500.000 transações por minuto em 2023, ou 0,72 bilhões de transações por dia.
Para tornar o Bitcoin mais competitivo e visando resolver estes problemas foram criadas redes L2.
Como são realizadas as operações na L2?
Não existe um padrão para operações relizadas em L2. Cada rede possui funcionamento próprio, mas no geral elas funcionam da seguinte forma:
O usuário tem um saldo de criptomoedas na L2 e esse saldo corresponde ao mesmo valor na L1, mas o saldo da L1 fica sob custódia da rede. Assim é possível realizar transações de forma mais rápida, uma vez que os limites da blockchain podem ser superados por meio de operações em paralelo à L1.
Transferindo o valor via L2, a transferência acontece no mesmo minuto, em poucos segundos.
Vantagens da L2
Uma vez que as transações na L2 são praticamente instantâneas, a L2 viabiliza a utilização de Bitcoin no dia-a-dia. Seu funcionamento é similar (diria idêntico) ao PIX:
- Um usuário gera um QR Code.
- Um segundo usuário escaneia o código com a câmera do celular.
- O segundo usuário autoriza o pagamento.
- Caso o segundo usuário tenha saldo, o valor é retirado de sua conta e vai para a conta do primeiro usuário em menos de um minuto.
Sendo bem suscinto: L2 te permite usar Bitcoin como PIX.
Desvantagens da L2
Sendo técnico, as moedas movimentadas na L2 não são as mesmas movimentadas na L1. São moedas criadas e lastreadas na L1, isto é, para cada moeda criada na L2 há uma moeda na L1 correspondente, evitando problemas de liquidez. Isso significa que você não movimenta Bitcoins na L2 mas movimenta Bitcoins sintéticos. A rede, ao consolidar as operações, movimenta Bitcoins na blockchain, mas os mantém sob custódia da rede.
Quando você realiza operações na L2 você abre mão da custódia de parte das suas moedas em troca de comodidade e praticidade.
Além disso, aplicações na L2 podem ser criadas por qualquer um, e é importante pesquisar sobre os desenvolvedores e empresas por trás desses projetos para evitar sofrer golpes.
As principais redes L2 são relativamente seguras e permitem o saque de bitcoins (bitcoins reais, não os sintéticos).
É possível usar L2 sem abrir mão da custódia?
Quais as principais redes L2?
A rede L2 mais utilizada e mais popular é a Lightning Network.
Há outras redes como a Liquid, porém a Lightning é a que avança mais sua adoção no mundo, e no Brasil.
Recomendação de carteira
Para utilização da rede Lightnining recomendamos o uso da Wallet of Satoshi. Eis algumas características:
- No-KYC - Não é preciso se registrar. Ao instalar o App você receberá um endereço anônimo para começar a usar a rede Lightning.
- Gratuita
- Fácil de instalar
- Fácil de Usar